Fagulhas de esperança

Tenho um pedido a fazer, nesse mês tão emblemático para mim. Por favor, Antônio, João, Pedro…Desculpem, nunca fui devota, nem carola, logo, não conheço outros nomes de santos. Deixa pra lá. Voltando ao pedido: acendam e aqueçam o meu coração. Não somente no dia 13, que até já passou, nem nos dias 24 e 29. Aqueçam e mantenham ele aquecido por todo o ano. De preferência, por todos os demais dias que me restam a viver. Caminho tão desaquecida, quase fria, praticamente um defunto a circular pela rotina maçante de uma vida. Desbotou feito vestido de chita, que ficou tempo demais no sol. Saiu o cheiro de naftalina, em contrapartida, perdeu a vivacidade das cores. Talvez, viver seja isso mesmo. Lentamente, desbotar-se até perder a forma, a fôrma e finalmente, mudar do estado matéria para etéreo. Credo, filosofia barata a essa altura do dia dona Lili? Sei não…Contudo, ainda alimento uma restinho de esperança na humanidade, ao qual faço parte. Quem sabe amanhã ou depois, a gente acerta o passo e aprende a ser melhor. Quem sabe? Melhor não saber?

Imagem gratuita: Pexels

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