O ser humano não nasceu para viver sempre igual, estático. Somos movidos a mudanças. Necessitamos delas.
Quem professa a ideia: Sou assim, não mudo! – desculpe minha franqueza mas, é um pobre iludido.
Mudar é renovar, virar páginas, iniciar histórias novas. Quem passa uma existência se negando a isso, perde a chance de momentos agradáveis, pessoas novas a contribuir para seu crescimento, aumentar seu círculo de amizades.
Durante vinte e cinco anos, passei aprendendo, absorvendo, acumulando experiências e vivências. Está certo que nem tudo foram flores contudo, até mesmo as pedras no caminho serviram para me fortalecer e aprender a separar o “joio do trigo”.
A decisão de virar a página, mudar a rotina, encerrar um ciclo, não foi nada fácil. Você parar por um momento, olhar para o espelho interior e assumir suas fraquezas, falhas, medos, não é uma experiência agradável. Porém, você mergulhar em si mesma e reconhecer e aceitar-se exatamente como é, te faz sentir algo indescritível. Somente os dotados de humildade e despidos do orgulho mundano, conseguem essa proeza.
Digo que consegui. Não mantenho uma postura com peito inflado expressando através de minha face amadurecida, “Oh como sou boa!”. Não mesmo.
Mergulhei em minha essência, reconheci meu verdadeiro eu, sentei no chão, chorei o choro – não dos fracassados mas sim, o dos que se reencontram consigo mesmo e retornam à superfície, refeitos, fortalecidos e com o desejo nítido de renascer.
Caminhada nova, estradas a desbravar, companhias diferenciadas que me proporcionarão grande avanço em minha existência.
2020 finda com minha conta zerada. Deixo para trás, colegas de duas décadas, espaço físico que vi passar por reformas. O vazio que sinto por hora, não é morada para a tristeza e depressão. Muito pelo contrário, é página em branco para que eu escreva uma nova história. E acreditem: escreverei!
Vou agora ali, abrir um espumante para brindar a fênix que volta a renascer.
E por falar em escrever novas histórias, você já reservou meu livro Equação infinda? Ainda não?