Trago boas lembranças do Carnaval em minha infância e pré-adolescência. Confesso: fui foliona, daquelas que não perdia as matinês do finado Clube Cobraseixos, que ficava de frente à minha casa. Tardes na bagunça boa, participando das correntes humanas que percorriam o salão ou, pegando confetes e serpentinas do chão e jogando em quem passasse por perto. Fiz muitas amizades por lá.
Na minha juventude, criou-se um hiato onde me afastei dos salões devido a violência e falta de respeito que passou a ser comum. Sempre acompanhei os desfiles das escolas de samba pela TV. Verdadeiros shows.
Em 2018, ao lado de meu amigo – parceiro de inúmeras viagens – conheci Salvador e lá, passei alguns momentos bem agradáveis no museu Casa do Carnaval. Com curadoria de Gringo Cardia, a casa oferece uma viagem sensorial e visual que encanta aos visitantes. Se for a Salvador, não deixe de conhecer esse museu, mesmo que não seja folião, vale a pena conhecer.
Essa foto acima, é o registro de minha última ida a um salão para brincar o Carnaval. Foi em 2020 e pulei como se não houvesse amanhã. Literalmente, suei a camiseta, saí com confetes grudados pelo corpo. De certa forma, foi uma despedida. Logo em seguida, foi decretado quarentena que se estendeu para o resto do ano e mudou a vida de todos, devido a pandemia do Coronavírus.
Em 2022, retorno à folia. Dessa vez, devidamente vacinada, troquei a máscara, maquiei os olhos, coloquei uns balangandãs e declaro a quem possa interessar que meu cordão de um, será dentro do apê. Não dá pra facilitar não!
…Na mesma máscara negra
Que esconde teu rosto
Eu quero matar a saudade…
Esse texto faz parte da blogagem coletiva Projeto fotográfico 6 on 6 promovido pela Scenarium Livros Artesanais.
Participam:
Darlene Regina – Isabelle Brum – Lunna Guedes – Mariana Gouveia – Obdulio Nunes Ortega
Imagens: Acervo pessoal
“… como não se houvesse amanhã…” – nunca foi tão perfeita a acepção. O Carnaval foi mudando com o tempo e reencontrar o encanto da mocidade é uma fantasia.
Tem razão, não se recupera a mocidade muito menos, a emoção vivida na época.
Cara mia, você literalmente viveu muitos carnavais. rs
Mas, de todas as fotos, a última está realmente sensacional
bacio