Não sei quanto a você mas eu, aos dezenove anos, exalava vapores de fantasia, muita alegria e, zero de bom senso. Ou seja, totalmente na normalidade.
Para ajudar nas finanças da casa, comecei a trabalhar muito cedo. Meu primeiro emprego foi numa loja popular, onde ouvia o dia inteiro canções de Roberto Carlos. Nada contra o rei mas, ele era a paixão da minha patroa, aiaiai, haja romantismo!
Cinco anos mais tarde, meados de 1982, consegui um emprego numa boutique de calçados finos. Era só sair de casa, atravessar a rua e já estava no trabalho. Os donos, um casal de artistas que mantinham ao lado da loja, uma galeria de artes. Aprendi muito com eles e ouvi muitas histórias. Passei uns anos divertidos.
Paquerei muito também. A loja ficava numa esquina com visão total de duas ruas, uma praça e uma lanchonete que era o point da rapaziada bonita. Fiz muitas amizades no período em que trabalhei lá. Até um namoradinho mais sem noção que eu, arranjei.
Como não tínhamos celular na década de oitenta, nos comunicávamos olho no olho mesmo. Oh coisa boa! Certa tarde, estava eu sozinha na loja e a falta de movimento, me entediava. Até que estacionou uma Variant e, desceu o Boris. Alemão de dois metros de altura e um coração imenso. Recordo que ele – entre outras atividades – era um excelente fotógrafo.
Chegou com un sorriso, me cumprimentando e perguntou se eu queria fazer uns ensaios fotográficos. Queria me dar de presente de aniversário.
Topei na hora e foi lá, em pleno horário de trabalho, que minha porção Cindy Crowford se materializou. É claro que nunca tive o biotipo top model mas, como sonhar não paga imposto, me diverti pra valer naquela tarde fazendo caras, bocas e poses, muitas poses.
Perdi contato com o Boris. Hoje, não consigo nem mesmo lembrar seu sobrenome. Que lástima! Sobrou apenas o álbum de fotos e sua dedicatória.
Participam dessa blogagem coletiva:
Adriana Aneli – Alê Helga – Claudia Leonardi – Darlene Regina – Lunna Guedes – Mariana Gouveia – Obdulio Ortega
Que olhar matador, Roseli! Você deve ter abatido um monte de rapazes desavisados! Rs… Cindy Crawford que se cuidasse!
olhar matador, rs… É, já tive meus momentos kkkk
Você continua linda como sempre! Mas, já te disse isso… Obrigada pela presença nesse mês de BEDA e já peço desculpas por alguma falta… Tive dias complicados, que graças a Deus já estão passando.
Abraço carinhoso
Obrigada. Foi bom demais participar dessa blogagem ao lado de vocês. Mariana, encontrei uma foto de nós duas, tirada no dia em que conhecemos. Perdida entre tantas no drive. Fique bem. Abraço!
Ah, depois me envia… não sei se tenho ela… acho que tenho em alguma postagem do facebook…
Pode deixar, te envio sim
Fechou o mês e o BEDA e eu fiquei cá a navegar nos dias passados, encadeados a esse, que desenha o ontem e o antes desses tantos ontens. Adorei o ensaio e esse passeio Interessante observar do que somos feitos… grazie, cara mia.
E até o próximo BEDA!
Foi muito bom passar esse mês ao lado de vocês. Que maio seja de muitos escritos!
Fotos da juventude sempre mostram mais de nós. E que pose! Olha… Pode mesmo ser Cindy Crowford e por mais de um dia. Olhando as imagens, bateu meio que curiosidade das minhas fotos. Acho que vou procurar uma Cindy no meio das que tenho kkkkk Abraços carinhosos.
Eu é que agradeço sua visita, leitura e comentário Evelyn. Abraços querida!
Estou afastada do blog, mas é por um tempo. Tenho estado envolvida em outros projetos, aqui. Então, nem sempre consigo um tempo para ler no blog. Aos poucos, retomo minha rotina de leitura. Beijos!
Evelyn, a vida é mais que esse espaço não é mesmo? Mas sempre que puder, volte que estaremos por aqui. Beijos
Voltarei sim! Fique bem. Até mais!
Bons tempos idos, muita gente boa que não veremos novamente, e, se prestarmos muita atenção pouca gente ainda resta que conviveu conosco. Tudo se perde, se esvai ou desaparece com o tempo menos as boas lembranças que nós marcaram. Como era mesmo o sobrenome do alemão?
POis é, nessa vida tudo é passageiro e passa muito rápido. Que bom que ficam as lembranças. Até o dia em que elas também seguem seu rumo deixando um vácuo imenso. De qual alemão você fala? Do meu amigo ou do Alzheimer? (risos)