Sou uma sem noção assumida. É sério! No entanto, minha “sem noção” tem uma certa consciência das coisas e, mesmo assim, insisto. Exemplo?
Falar com determinadas pessoas sobre assuntos que não interessam a elas. Observar que enquanto narro entusiasmada, desviam o olhar de forma ansiosa querendo escapar de mim sem ter como e, mesmo assim, continuo a falar,falar,falar…Até que fico com dó de fazê-las sofrer e caio fora. Deve ser coisa de canceriana.
Contudo, confesso que às vezes fico chateada com a falta de interesse delas…
Quando dou por mim, percebendo que a criatura não está nem aí, calo-me para ver a reação da mesma. Não dão continuidade a conversa ou simplesmente saem deixando-me sozinha ou, pior, começam a falar de si demonstrando que realmente não prestou atenção numa única palavra que expressei. Minha casa cai.
Puta que o pariu!
Será que é tão difícil assim, ouvir o outro? Demonstrar o mínimo de interesse, nem que seja por educação? Eu consigo fazer isso brilhantemente e talvez, por isso mesmo, sou sempre solicitada como ouvinte. Tornei-me com o passar do tempo um verdadeiro pinico ambulante onde todos despejam seus excrementos existenciais sem nem ao menos olhar em meus olhos e saem aliviadas. Bom né? Vou te contar leitor. Ah! Desculpe, está interessado em me ler? Senão…Ah! Escrevo mesmo assim. Caso não desperte interesse é só mudar de blog ou sair para ler as baboseiras do Ofuxico. Garanto que eles têm mais leitores que eu por aqui.
Olha só, desviei o assunto e acabei por esquecer o que ia falar. E agora?…Acho que estou envelhecendo. Minha memória não é mais a mesma. Apagão geral. Já sei, nem o Universo muito menos os milhões de bites do computador desejam ouvir meu nhé-nhé-nhé. Muito mi-mi-mi pra seres tão frios e sem sentimentos. Báh!
Esquece porque eu já esqueci e tenho mais o que fazer por aqui. Só resta lembrar o quê.