(Imagem retirada do Google Imagem)
O muro ainda esta lá. Encardido, com mofos a decorar sua velha pintura. A inscrição que fiz aos 12 anos também. Quase apagado mas firme feito minha vontade de recomeçar. Isso me remete a tantas lembranças…As brincadeiras intermináveis no pátio durante o recreio…as conversas com as amigas, nossos planos para o futuro que parecia tão longe…Os primeiros olhares trocados com seres do sexo oposto…o primeiro beijo roubado. Nossa! Quantas lágrimas adolescentes derramei e dividi com aquele muro! Lágrimas por perda de amizades, por notas baixas, por me sentir esnobada por grupos de meninas populares. Muro esse que também serviu de testemunho para a primeira declaração e pedido de namoro de um garoto tão tímido quanto eu e que tempos depois tornou-se meu primeiro marido. Quantas lembranças! Tantas coisas aconteceram desde então. Saí do aconchego desses muros pra vida. Lutei, sofri, conquistei. E hoje retorno a casa que me acolheu no passado e que teve um peso decisivo em minha vida adulta. Retorno para iniciar minha primeira aula. No passado como aluna, hoje como professora.